quinta-feira, 4 de junho de 2015

Deixa-me adorar-te em todos esses nomes e formas

O ser humano entende o mundo através de símbolos, eles são essenciais para a nossa comunicação, alguns símbolos são universais outros culturais, alguns é preciso se fazer uma análise dentro do contexto, caso não estejam inserido na nossa cultura para que   consigamos nos conectar. E dentro da história da humanidade existem vários símbolos para Deus.

E por falta desse conhecimento, quando adentrei ao mundo do Yoga na minha ignorância, eu não cantava os Mantras, acha uma blasfêmia cantar para um Deus que não fosse católico, fazer uma reverencia então era um pecado mortal, meu primo Padre poderia me mandar rezar 100 Pais Nosso! Até que um dia eu trouxe uma estatueta de Shiva Nataraja para limpar, a mesma era de metal, meu pai um católico fervoroso a limpou com o maior carinho e respeito. Como? Ele havia lido em uma revista na década de 70 sobre as tradições da Índia e compreendeu perfeitamente que Deus era um só, a partir deste momento eu li os livros sagrados de todas as religiões, com discernimento, para poder entender e respeitar (ainda me falta o alcorão), todos eles falam de Deus com várias concepções tendo em cada religião um único Deus, com várias promessas de felicidade em outra vida e quando estudei a Gita entendi que essa tal felicidade já estava em mim no aqui e no agora e que isto era independente de religião; mas a disciplina ainda me faltava para um entendimento maior necessário para o desenvolvimento da espiritualidade. Encontrei o Jonas que com risos e lágrimas está me ensinando esta tradição, Vedanta, uma tradição viva que  deve ser transmitida por um mestre vivo e não através de livros e que Deus não é separado de mim, seja lá o nome ou forma que eu dê a Ele. E estou descobrindo que posso conversar com Ele de igual para igual, sem reservas, até tenho uma aluna evangélica que chama Ganesha de Gorduchinho, Ele não vai nos castigar, mas sabemos que somos responsáveis pelas nossas ações. E tenho agora longas conversas com este Deus que sou eu mesma,que tem várias formas, vários nomes, vários rituais, várias orações, sem a necessidade de julgamentos, pois estes me separam d’Ele. Mágica? Não, só estou aprendendo a mudar a minha visão cognitiva com lágrimas, risos e Conhecimento (Vedanta).

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